TRECHOS DO LIVRO CREPÚSCULO CAPÍTULO 18 - A CAÇADA
"“Vamos, Bella”. A voz de Edward era baixa e inexpressiva.
Durante todo esse tempo eu estive colada no lugar, aterrorizada demais pra me
mexer.
Edward teve que agarrar meu cotovelo e me puxar levemente pra quebrar o meu
transe. Alice e Emmett estavam logo atrás de nós, me escondendo. Eu tropeçava ao
lado de Edward, ainda assustada pelo medo. Eu não podia ouvir se o grupo principal já
havia ido embora. A impaciência de Edward era quase palpável enquanto andávamos
em velocidade humana para a floresta.
Assim que chagamos á floresta, Edward me jogou em suas costas sem parar de andar.
Eu me agarrei o mais forte que pude quando ele começou a correr, os outros bem
atrás dele. Eu mantive minha cabeça abaixada,mas meus olhos, arregalados de medo,
não quiseram fechar. Eles se moviam pela floresta negra como fantasmas. A sensação
de alegria que parecia dominar Edward quando ele corria estava completamente
ausente. Em seu lugar havia uma fúria que o possuía e fazia ele ir ainda mais rápido.
Mesmo eu estando nas costas dele, os outros acabaram ficando pra trás.
Nós chegamos no Jipe num tempo impossivelmente rápido, Edward mal parou e já
estava me jogando no banco de trás.
“Ponha o cinto nela”, ele ordenou á Emmett que entrou ao meu lado.
Alice já estava no banco de frente e Edward já estava ligando o carro. O motor ligou,
nós fizemos uma ré, e fizemos uma curva ficando de frente para a estrada."
"Nós entramos na estrada principal, e apesar da velocidade ter aumentado, eu podia
ver muito mais claramente pra onde estávamos indo. Nós estávamos indo pra o Sul,
nos distanciando de Forks.
“Onde estamos indo?”, eu perguntei.
Ninguém respondeu.ninguém sequer olhou pra mim.
“Droga, Edward! Pra onde você está me levando?”
“Nós temos que te levar pra longe daqui - muito longe - agora”. Ele não olhou pra trás,
seus olhos estavam na estrada. O velocímetro marcava cento e cinqüenta milhas por
hora.
“Vira! Você tem, que me levar pra casa!”, eu gritei. Eu lutei contra a estúpida
subordinação, tirando o cinto.
“Emmett”, Edward disse severamente.
E Emmett segurou minhas mãos com o seu aperto se aço.
“Não! Edward! Não, você não pode fazer isso.”
“Eu tenho que fazer, Bella, por favor fique quieta”.
“Não fico! Você tem que me levar de volta - Charlie vai chamar o FBI! Eles vão cair em
cima da sua família - Carlisle e Esme! Eles terão que fugir, que se esconder pra
sempre!”
“Acalme-se, Bella”, sua voz continuava fria. “Nós já fizemos isso antes”.
“Comigo não! Vocês não estão arruinando tudo pra mim!”, eu lutei violentamente, mas
foi totalmente fútil.
Alice falou pela primeira vez. “Edward, enconste”.
Ele deu uma olhada dura pra ela, e aumentou a velocidade.
“Edward, vamos apenas conversar sobre isso”.
“Você não entende”, ele rugiu frustrado. Eu nunca havia ouvido a voz dele tão alta, era
ensurdecedora dentro do Jipe. O velocímetro baixou para perto de centro e quinze
milhas. “Ele é um rastreador, Alice. Um rastreador!”
Eu senti Emmett enrijecer ao meu lado, e eu imaginei o porque dessa reação dele á
palavra. Parecia que ela significava mais pra eles três do que pra mim; eu queria
entender, mas não houve oportunidade para eu perguntar.
“Encoste, Edward”, o tom de Alice era razoável, mas com uma ponta de autoridade
que eu nunca havia ouvido antes.
O velocímetro passou de cento e vinte.
“Faça isso, Edward”.
“Me ouça, Alice. Eu vi a mente dele. Perseguir é a paixão dele, sua obsessão - e ele
quer ela, Alice - ela, especificamente. Ele começa sua perseguição hoje”.
“Ele não sabe onde -“
Ele interrompeu ela. “Quanto tempo você acha que vai levar pra que ele sinta o cheiro
dela naquela cidade? Seu plano já estava traçado antes das palavras saírem da boca
de Laurent”.
Eu fiquei ofegante sabendo á onde o meu cheiro o levaria. “Charlie! Você não pode
deixá-lo lá! Você não pode deixá-lo”. Eu tentei sair da apatia.
“Ela está certa.” Alice disse.
O carro diminuiu um pouco."
"“Não temos opções”, Edward falou arrastado.
“Eu não vou deixar Charlie”, eu gritei.
Ele me ignorou completamente.
“Nós temos que levá-la de volta”, Emmett finalmente falou.
“Não”. Edward foi absoluto.
“Ele não se compara á nós, Edward. Ele não poderá tocá-la”.
“Ele vai esperar”.
Emmett sorriu. “Nós também podemos esperar”
“Você não viu- você não entende. Quando ele se compromete com uma perseguição,
ele é inabalável. Nós teríamos que matá-lo”.
Emmett não pareceu aborrecido pela idéia. “Isso é uma opção”.
“E a fêmea. Ela está com ele. Se isso se transformar numa luta, o líder se juntará a
eles também”.
“Nós somos um número suficiente”.
“Há outra opção”, Alice disse baixinho.
Edward de virou furioso pra ela, sua voz era um rugido devastador. “Não - há - outra - opção!”
Emmett e eu olhamos pra ele em choque, mas Alice não parecia estar surpresa. O
silêncio durou um longo minuto enquanto Edward e Alice se encaravam.
Fui eu quem o quebrou. “Vocês querem ouvir o meu plano?”
“Não”, Edward rugiu, Alice olhou pra ele finalmente encolerizada.
“Ouçam”, eu implorei. “Vocês me levam de volta”.
“Não”, ele interrompeu.
Eu olhei pra ele e continuei. “Vocês me levam pra casa. Eu digo ao meu pai que quero
voltar pra casa em Phoenix. Eu faço minhas malas. Nós esperamos até que o
perseguidor esteja observando, então nós fugimos. Ele vai nos seguir e deixar Charlie
em paz. Charlie não vai colocar o FBI na cola da sua família. Aí vocês podem me levar
para a droga do lugar que quiserem”.
Eles me olharam, atordoados.
“Realmente, não é uma má idéia”. A surpresa na voz de Emmett era definitivamente
um insulto.
“Pode dar certo - e nó não podemos simplesmente deixar o pai dela desprotegido.
Você sabe disso”, Alice disse.
Todos olharam para Edward.
“É perigoso demais - eu não quero ele á menos de duzentos metros de distância dela.”
Emmett estava super confiante. “Edward, ele não vai passar por nós”.
Alice pensou por um momento. “Eu não o vejo atacando. Ele vai tentar esperar até que
nós deixemos ela sozinha”.
“Não vai demorar muito até que ele se dê conta de que isso não vai acontecer”.
“Eu ordeno que você me leve pra casa”. Eu tentei parecer firme.
Edward pressionou seus dedos nas têmporas e fechou os olhos.
“Por favor”, eu disse numa voz muito mais baixa.
Ele não olhou pra cima. Quando ele falou, sua voz parecia exausta.
“Você vai partir essa noite. Quer os rastreadores vejam ou não. Você diz pra Charlie
que não aguenta passar mais nem um minuto em Forks. Conte qualquer história. Eu
não me importo com o que ele diga pra você. Você tem quinze minutos. Você me
ouviu? Quinze minutos a partir do momento que você entrar em casa”.
Ele ligou o motor do Jipe, nós viramos indo de volta pra casa, os pneus cantando."
"Alguns minutos se passaram em silêncio, só se ouvia o barulho do motor. Então
Edward falou de novo.
“É assim que as coisas vão acontecer. Nós vamos para a casa dela, se o rastreador
não estiver lá, eu a levo até a porta. Então ela terá quinze minutos”. Ele me olhou pelo espelho retrovisor. “Emmett, você cuida do lado de fora da casa. Alice, você fica na caminhonete. Eu ficarei lá dentro enquanto ela estiver. Depois que ela sair, vocês dois pegam o Jipe e vão dizer a Carlisle”.
“Sem essa”, Emmett interrompeu. “Eu tô com você”.
“Pense bem, Emmett. Eu não sei por quanto tempo ficarei fora”.
“Até que a gente saiba até onde isso vai, eu fico com você”.
Edward suspirou. “Se o perseguidor estiver lá”, ele continuou severamente.“ Nós
dirigimos direto”.
“Nós chegaremos lá antes dele”, Alice disse confiante.
Edward pareceu aceitar isso. Qualquer que fosse o seu problema com Alice, ele não
pareceu duvidar dela agora."
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